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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O encosto que nos prende- mudando a casa pra mudar de vida

Eu sou grande fã de blogs de organização já faz um tempo. Como o "vida organizada" e o antigo "vida minimalista". Mas sempre fui um tipo de fã passivo.
GTDA, fly lady e Marie Kondo não são nomes desconhecidos, aliás, li tanto "A mágia da arrumação" como "Isso me traz alegria" e a  moçoila japonesa quase conseguiu me fazer por a ordem no barraco.
Mas isso nunca aconteceu.

Em todo inicio de arrumação eles te dizem que tem que der um objetivo e pensar em como quer que tudo fique no final. Isso sempre me soou muito vago, oque é triste, todos deveram der um objetivo.
Em meio a mais uma tentativa, ironicamente no final do ano, percebi que essa tarefa que devia ser gratificante ou pelo menos toleravel é pra mim um martirio e deixa minha ansiedade galopante.

"limpar é confrontar a natureza. Organizar é confrontar a si mesmo"



A frase da guru japonesa me veem a mente como se ela fosse parente do Obi-Wan.
É perfeitamente plausivel que certas coisas parecem "emperradas" no inicio de uma mudança. Principalmente coisas físicas.
No inicio, quando mudamos, a sensação é que o mundo não acompanhou. Se tratando de transição de genero, você se aceita, pessoas proximas te aceitam mas o mundo não percebe nada disso.
Porque quando uma mudança interna ocorre precisamos ver uma mudança externa!

É engraçado que em séculos de evolução a humanidade ainda cai em truques bobos como por exemplo "usar branco no reveillion" mas o fato é que o mundo interno e o externo é o mesmo pra nossa consciência.
Não dá aquela vontade doida de comprar algo quando estamos num emprego novo?
É como um troféu da nossa conquista.

A casa ou nosso quarto, aquele cantinho onde recarregamos as baterrias diz muito sobre nós, é o reflexo imediato das nossas ações. Nós deixamos rastros onde passamos e na nossa casa é onde mais fica visivel.
Imagina você viver anos num genero imposto, aceitando algumas coisas, odiando outras, mas engolindo tudo pra transmidir uma imagem. Agora imagine o baque de entrar no seu quarto depois das festas e perceber que nada lá diz respeito a você.

Não é preciso ser trans pra der passado por uma situação em que algo foi imposto a você e tenho certeza que muitas pessoas vão se intentificar. Principalmente aquelas que se apagam pra fazer a vontade do conjugue ou dos pais.

Quando abria as caixas, as gavetas me tava um desespero, porque não era só um item que eu não gostava. Mas uma coisa com a qual fui forçado a viver. Eu não conseguia descartá-los porque não conseguia me livrar das amarras dessa situação.
É como aquela caixa de cartas do seu mais novo ex, só que num nivel mais denso.

E nisso vinha toda aquela ansiedade que é a ansiedade de mudar, o medo do novo.

Mas não se desespere se aquelas apostilas do curso que você odiou fazer estão te deprimindo de lembrando os anos que gastou naquilo. O mais importante é que você percebeu isso.

 É triste não gostar de nada que você tem, mas pense só:
Um espaço limpo, paredes branquinhas....Infinidas possibilidades.

É isso oque te proponho.
Claro que isso não vai adiantar nada se a mudança interna não ocorrer primeiro.

Se percebeu que o buraco é mais embaixo das montanhas de cacarecos sugiro que respire e de um tempo na maratona de organização. Repense sua vida através dos items que te alegram e daquilo que faz sentido e volte a faxinar quando a mudança já estiver encaminhada em você e só esteja esperando pra ser colocada em prática.


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